segunda-feira, 13 de julho de 2009

Edição nº21


Crónicazinha


Perspectivar o futuro do edifício do Banco de Portugal reclama o conhecimento da sua história, do que representou e representa, ainda hoje, no contexto urbano da cidade da Horta. Este edifício marcante foi construído nos anos trinta do século XX e faz parte de "um todo coerente"*, que constitui a área urbana do centro da cidade. A fachada em pedra calcária dialoga com o basalto negro que reveste a fachada da Igreja de S. Francisco, construída no sec XVII e a leveza do Jardim Eduardo Bulcão.

Enquanto interventora cultural, só posso desejar que o edifício do Banco de Portugal seja um Espaço destinado às Artes; uma Academia de Artes.

Fundamento: a dignidade do edifício justifica que o Município lhe dê um fim social e culturalmente nobre. O facto de ser constituído por dois pisos permite projectar oficinas no res-do-chão e exposições no primeiro piso, uma área completamente revestida a mármore, com uma enorme dignidade.

É possível ainda projectar jardins e uma Residência de Artistas no espaço exterior, contíguo à Rua Conselheiro Miguel da Silveira. A recente exposição de pintura de Pedro Solá demonstra que a ilha é um espaço de criação, por excelência, para aqueles que libertos da alienação do quotidiano, se entregam às artes e ao processo criativo.

* in Inventário do Património Imóvel dos Açores

Maria do Céu Brito


Colaboradores:

Ilustração: Ana Correia
Crónica: Maria do Céu Brito
Chegadas: Aurora Ribeiro
Gatafunhos: Tomás Silva
Cinema: Aurora Ribeiro
Música: Eugénio Viana
Arquitectura e Artes Plásticas: Ana Correia e Eugénio Viana
Literatura: Ilídia Quadrado
Ciência e Ambiente: Cristina Caravalhinho e Dina Dowling 
Lacunas: António Jorge da Câmara, Rui Assunção e Tomás Silva


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